quarta-feira, 6 de julho de 2011

Estradas, por Zé Geraldo

Estradas, por Zé Geraldo

por Casa do Gorgone - Literatura, Musica e Socialismo, quarta, 22 de junho de 2011 às 18:45

Trago no meu peito ardendo em chamas

pés descalços sobre a lama

que cobriu nossos caminhos

Desconheço qualquer traço de esperança

que o abraço da lembrança

faça renascer sozinho

Esse corpo magro e mal-tratado

Esse cérebro calejado

quer abrir os corações

E acabar de vez com a inquietude

que emudece a juventude

Que divide as gerações

Nós viemos juntos de outras eras

semeando primaveras

que não tardam florescer

Acumulando uma força invisível

num processo irreversível

pra não ser mais preciso ver

A calada da noite mostrando homens cabisbaixos

Caminhando sob o olhar perplexo da madrugada

Perguntando onde vão dar

os atalhos dessa nova era

Essa nova estrada

Essa estrada vai passar

pela Vila da Boa Esperança

Vai cruzar o Município dos Homens de Fé

Vai fazer da Certeza o seu Arraial

Na Cidade dos Jovens Sem Medo

vai fazer o seu ponto final

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